sexta-feira, 3 de maio de 2013

Gravidez: Primeiro Trimestre

SINTOMAS:
Esse início da gravidez é marcado mais por sinais e sintomas de que ela se desenvolve do que por alterações na aparência da gestante. A descoberta da gestação, em geral, ocorre depois do atraso menstrual. Mudanças físicas não aparecem porque o bebê ainda é um amontoado de células e menor que um grão de arroz. O corpo trabalha a mil para desenvolver o embrião. O esforço extra pode deixá-la cansada e sonolenta. O aumento do sono é um dos tantos sinais de gravidez. Mas nem todas as mulheres conseguem distinguir esse cansaço daquele sentido no dia-a-dia. Se a sonolência não chama a atenção, as dores nas mamas, sim. Elas ficam pesadas e doloridas. No final do primeiro trimestre, as aréolas devem escurecer e se alargar. Além do peso das mamas, é possível sentir outros desconfortos semelhantes ao do período pré-menstrual, como cólicas e mais vontade de urinar. O xixi constante é provocado pelo aumento de líquido no corpo e o trabalho mais eficiente dos rins. A produção aumentada dos hormônios pode causar enjôos e provocar vômitos. Esses sintomas, que surgem de repente e parecem nunca ir embora. É possível que você passe a enjoar quando sentir cheiro forte ou colocar um alimento na boca. Olfato e paladar ficam aguçados e ninguém sabe o motivo. Os hormônios também vão alterar intestino e estômago, o efeito pode ser prisão de ventre. Os hormônios também deixam a digestão lenta, levando às vezes à azia. A grávida fica com a sensibilidade à flor da pele. Passa do riso ao choro fácil. O humor também pode afetar a atividade sexual. 

OBSERVAÇÃO: Nem todas as grávidas estão sujeitas a todos os sintomas, algumas sentem poucos, outras nada, varia de mulher á mulher.


ALIMENTAÇÃO:

O primeiro trimestre é de extrema importância para a formação do bebê. É uma fase de intensa divisão celular. O estado nutricional da mãe antes da gestação é essencial para garantir nutrientes necessários para que essa divisão celular aconteça de maneira adequada. Ou seja, o cuidado com a alimentação tem que começar antes da própria gestação. Uma alimentação saudável e equilibrada antes da gestação é que garantirá o desenvolvimento adequado do feto. Existem alguns mitos na alimentação das gestantes. Um mito muito forte e ainda presente é a certeza de que a gestante precisa comer por dois. Será que precisa? Não, não tem necessidade de comer por dois e sim consumir nutrientes por dois. Essa idéia de que gestante com cara de “bolacha” e barriga gigante é saudável está totalmente inadequada. O ganho de peso excessivo na gestação está relacionado com o nascimento de bebês muito grandes, diabetes gestacional, aumento da pressão arterial durante a gestação/parto e em alguns casos necessidade de parto cirúrgicos. Isso é saudável? Por isso, sogra e mãe das futuras mamães, calma com a crença da canjica, cerveja preta, canja entre outras.
Mas o que muda na alimentação?
No primeiro trimestre não é necessário aumento calórico e sim seguir uma alimentação saudável e rígida. Para garantir os nutrientes necessários nessa fase é necessário respeitar religiosamente os horários das refeições. Cada refeição tem a sua importância em nutrientes. Segue um exemplo de qualidade alimentar, lembrando que as necessidades energéticas e nutricionais são diferentes para cada gestante. 
- Café da manhã e lanche da tarde: é necessário ter uma fonte energética como o pão integral ou granola ou aveia. Uma fonte proteica do grupo dos leites e derivados como o leite, iogurte , queijos magros ou leite de soja enriquecido com cálcio e uma fruta.
- Almoço e jantar: é necessário ter energia como arroz integral ou macarrão integral ou mandioca cozida ou mandioquinha. Uma fonte proteica vegetal (feijão, lentilha, soja ou grão de bico). Uma fonte proteica animal (carne vermelha, frango, peixe ou ovo). Legumes, vegetais cozido e saladas em torno de 2 a 3 pires por refeição.
- Ceia: depende muito da necessidade de cada gestante. Leite e derivados são boas opções.


Algumas dicas importantes:
- Em toda a gestação é necessário ter preocupação de consumir os minerais ferro e cálcio na quantidade adequada. As fontes de ferro bem absorvidas e aproveitada pelo organismo são as fontes animais como a carne vermelha. As fontes de ferro vegetal como grãos e vegetais verdes-escuros precisam da vitamina C para serem bem absorvidos. Então sempre tenha uma fruta cítrica junto do almoço e jantar como por exemplo a laranla e o Kiwi. Fontes de cálcio são os leites e derivados, vegetais verdes-escuros, tofú. Mas não deve-se consumir leite e derivados junto do almoço e jantar porque atrapalha a absorção do ferro. Portanto, leite e derivados são bem vindos no café da manhã, lanche da tarde e ceia.

OBSERVAÇÃO: Muitas vezes ocorre de você perguntar ao seu médico o que pode comer ou não na gravidez e ouvir aquela famosa frase: "grávida pode se comer de tudo". Porém cabe a nós saber evitar muito açúcar, sal, gorduras, etc... Alimentação balenceada e saúdavel é o mais importante, então coma de tudo mais na quantidade certa.

EXERCÍCIOS FÍSICOS:
Os benéficos proporcionados pela prática dos exercícios são diversos e já bem conhecidos da população em geral. No entanto, durante a gravidez ainda há muitos mitos, medos e preconceitos em relação aos exercícios físicos nesta fase. Por isso mais do saber o tipo de exercícios que a grávida pode fazer, devemos nos preocupar com a intensidade, a duração e a freqüência que estes exercícios devem ter. Além disso, o profissional que está prescrevendo exercícios para as grávidas deve conhecer os cuidados a serem tomados de acordo com as alterações fisiológicas de cada trimestre.

Gravidez: dez razões para fazer exercícios durante a gestação

  1. Exercícios físicos ajudam a diminuir a fadiga, mesmo no primeiro trimestre de gestação. Isto também é verdade para aquelas grávidas que apresentam insônia.
  2. Eles podem reduzir o tempo do trabalho de parto pois fortalecem a musculatura, melhoram a circulação e a respiração. Isto é particularmente importante se a gestante usar alguns movimentos no trabalho de parto, mudando sua posição.
  3. Melhoram a aparência da pele por aumentarem o fluxo sanguíneo para as extremidades.
  4. Aumentam a resistência para viver bem a gestação e o trabalho de parto. É sabido que um parto natural pode ser desgastante para a mãe, se ela está fisicamente preparada para enfrentá-lo, tudo vai ser bem mais tranquilo.
  5. Diminuem as dores associadas à gestação como dores lombares, nas pernas, articulares e na região inferior do abdome.
  6. Ajudam a reduzir o tamanho da incisão e o trauma causado pela episiotomia.
  7. Reduzem a necessidade de fazer uma cesareana.
  8. É divertido fazer exercícios, eles aumentam a sensação de prazer e bem estar por liberarem endorfinas no organismo.
  9. Aceleram a recuperação no pós-parto, a amamentação e aumentam a perda de peso adquirido durante a gravidez no período pós-natal.
  10. É um hábito que uma vez adquirido ninguém vai querer perdê-lo. Os benefícios para a saúde são bem conhecidos, como redução do risco de desenvolver doenças crônicas como diabetes mellitusobesidade,hipertensão arterial e alguns tipos de tumores malignos.
De maneira geral, vou deixar aqui algumas dicas para as grávidas:
  • Escolha uma roupa confortável e que facilite a transpiração;
  • Beba água antes, durante e após a atividade para que não haja aumento de temperatura corporal;
  • Escolha lugares ventilados e horários de menos calor;
  • Evite atividades com mudanças de direção e giros, pois há riscos de quedas e entorses por diminuição do equilíbrio e frouxidão ligamentar;
  • Evite atividades com saltos e corridas, pois de maneira geral são atividades intensas e, além disso, prejudicam o assoalho pélvico aumentando o risco de incontinência urinária;
  • Não realize exercícios sem se alimentar, há riscos de hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue), o mesmo risco pode acontecer se a atividade for muito intensa ou prolongada (mais de 45 minutos contínuos);
  • Qualquer exercício realizado nesta fase deve ter intensidade leve à moderada, uma maneira fácil de controlar a intensidade do exercício é usar uma escala de 0 a 10, em que zero é uma atividade muito, muito fácil e 10 é muito, muito difícil.

Para além disso, existem algumas actividades físicas que podem ser realmente maléficas para o bebé:


  • Diversões de adrenalina: escorregas de água, diversões das feiras populares, são desaconselhadas devido à força exercida com a aterragem ou com a descolagem.
  • Ciclismo: pedalar pode ser bom no primeiro trimestre, podendo ser aconselhado até ao segundo para quem já faça ciclismo habitualmente. Com a gravidez, o centro de gravidade muda, afectando o equilíbrio, o que pode tornar o ciclismo perigoso. 
  • Desporto de contacto: futebol, basquetebol, voleibol, artes marciais, podem significar risco de bater contra alguém, ou mesmo de cair e de traumas durante a sua prática, não sendo de todo aconselhadas.
  • Esqui e Snowboard: o esqui e o snowboard são desaconselhados pelo risco de queda e de grandes lesões, pois, à medida que a gravidez progride, a barriga cresce e o equilíbrio é menor. Se o esqui é mesmo importante para si, então opte pelo cross-country skiing também conhecido por XC skiing que, para além de ser mais seguro, é óptimo para o sistema cardiovascular. No entanto,  deve evitar altitudes superiores a 6.000 metros, pois o oxigénio é mais raro, sendo também mais raro para o bebé.
  • Ginástica rítmica: risco de trauma e de lesão no abdómen.
  • Equitação: o risco de queda e de lesão desaconselham esta prática.
  • Sauna: deve-se evitar. Embora não seja propriamente uma actividade física, por vezes está ligada à prática de exercício físico. Esta prática é perigosa para uma grávida, pois o sobreaquecimento do corpo está ligado a defeitos de nascença no bebé.
  • Corrida: a corrida em moderação durante o primeiro trimestre não é desaconselhada, caso seja praticante habitual. Depois do primeiro trimestre aumenta o risco de queda, por isso, é preferível que opte por caminhadas mais vigorosas em vez da corrida.
  • Mergulho: nem pensar! Enquanto desce, podem formar-se bolhas de ar na corrente sanguínea, o que pode ser muito perigoso para si e para o bebé.
  • Surf: existe o risco de trauma e de queda.
  • Ténis: devido ao problema de equilíbrio, das quedas de tensão súbitas e do aumento do tamanho da barriga é desaconselhado, especialmente a partir do segundo trimestre.
  • Deve parar de fazer exercício se surgir algum dos seguintes sintomas:

    • Sangramento vaginal
    • Falta de fôlego
    • Tontura ou sensação de desmaio
    • Dores de cabeça
    • Dor no peito
    • Fraqueza muscular
    • Inchaço (pode indicar um coágulo sanguíneo)
    • Contracções
    • Diminuição do movimento fetal
    • Libertação de líquidos vaginais 
OBSERVAÇÃO: Todo cuidado é pouco na hora dos exercícios, então procura está bem disposta, alimentada e claro evitar peso e outras coisas que podem fazer mal pra você e o bêbê.

SEXO DURANTE A GESTAÇÃO:

1. Transar faz mal ao bebê? Pode machucá-lo? 
Não só não faz mal, como não existe a possibilidade de machucá-lo. O bebê está bem protegido dentro do útero e o pênis, com a penetração, não consegue atingi-lo. Se tudo corre bem, não há motivo nenhum para que o sexo seja evitado. Ao contrário. Ele deve até ser incentivado, pois é através do ato sexual que o casal pode exprimir afeto e cumplicidade. 

2. Existe alguma posição mais adequada para se ter relações sexuais durante a gestação? 
Até o 4º ou 5º mês podem ser as mesmas posições com as quais o casal está acostumado. De qualquer forma, é interessante que a penetração não seja profunda para que o pênis não encoste no colo do útero. Porém, com o crescimento da barriga, as posições de lado ou por trás podem ser mais confortáveis do que a tradicional papai-e-mamãe. Além disso, elas também não permitem uma profundidade excessiva do pênis. 

3. Pode se ter relações até o fim da gravidez? Não tem problema de acelerar a hora do parto? Pode sim, sem problemas, até mais ou menos, duas semanas da data prevista. A partir daí, começa a haver a dilatação do colo do útero e uma relação poderia acelerar o processo. Isso porque o sêmen contém substâncias conhecidas como prostaglandinas que podem provocar contrações uterinas. 

4. É comum diminuir o desejo durante a gestação? Ao contrário. Em geral, a libido aumenta durante esse período e a mulher tem mais vontade de transar. Há um aumento da sensibilidade e a vagina fica mais úmida. Se o desejo diminuir ou até mesmo desaparecer, pode ser que a mulher esteja revelando algumas dificuldades em lidar com sua própria sexualidade. Mas essas dificuldades não "nasceram" com a gravidez. "Muito do comportamento feminino em relação ao sexo na gestação também depende de como essa mulher lida com o papel de mãe.", diz a dra. Clarice Skalkowicz. Algumas pensam mais ou menos assim: "Mãe que é mãe não transa porque é uma santa e, portanto, não pode se interessar por sexo". 

5. Por que muitos homens deixam de desejar a mulher quando ela fica grávida? Isso pode acontecer, mas a falta de desejo, em geral, não está ligada à gravidez propriamente dita. Muitas vezes, o homem evita manter relações sexuais, não porque rejeite sua parceira, mas até por medo de ferir o bebê, assim como muitas mulheres. Por incrível que pareça, esse é o motivo mais comum. Nada melhor do que uma boa dose de informação para acabar com a abstinência. O comportamento masculino também depende muito de como a própria mulher lida com essas questões. Se ela demonstra que não liga para o sexo ou não cuida do próprio corpo, ele também pode se desinteressar. Entretanto, esse caso é mais raro.

OBSERVAÇÃO: Transar na gravidez não causa aborto, pode causar desconforto mas procure posições confortáveis.

A importância do ferro do ácido fólico na saúde da gestante

Ferro

O ferro é um dos alicerces para uma ótima saúde e energia. As boas fontes na alimentação incluem as carnes vermelhas, frango, peru, peixes, feijão, lentilha, vegetais de cor verde escura, como couve ou espinafre, e alimentos fortificados. A absorção do ferro dos alimentos de origem vegetal é aumentada quando ingeridos junto à uma fonte de vitamina C, como morango, limão, laranja, entre outros.

Na gravidez, há um aumento das necessidades deste mineral para suprir a expansão da massa eritrocitária da própria gestante, a formação do sangue da placenta e do feto e, ainda, para compensar as perdas durante o parto.

A dieta normal nem sempre é suficiente para suprir as necessidades de ferro na gestação. Por isso, tem sido proposta a suplementação de 27 mg/dia de ferro elementar ou sulfato ferroso a partir do segundo trimestre de gestação, e de 9 mg/dia para lactantes (ou 10 mg/dia para lactantes com idade inferior a 18 anos).


Ácido fólico

O ácido fólico é a vitamina B9 do complexo B. Também conhecido como folato, quando encontrado naturalmente nos alimentos.
Na fase gestacional, o ácido fólico é necessário para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural, como anencefalia e espinha bífida, além de lábio leporino e fenda palatina; malformações cardíacas e do trato genito-urinário; prematuridade e baixo peso ao nascimento. 

A suplementação de folato deve ser iniciada ainda antes da concepção, pois o tubo neural, estrutura precursora do cérebro e da medula espinhal, se fecha de 22 a 28 dias após a concepção, ou seja, antes mesmo da mulher constatar a gravidez, que geralmente acontece somente após o atraso da menstruação, em geral 20 a 30 dias após a concepção. 

O folato age como coenzima em várias reações celulares fundamentais e é necessário na divisão celular, principalmente quando há crescimento rápido. 

A suplementação de ácido fólico três meses antes da concepção e nos três primeiros meses da gestação é suficiente para reduzir em até 95% os problemas de malformação fetal.

Como a gestação nem sempre é programada, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em ácido fólico todos os dias.

Assim, a suplementação de ácido fólico deve ser de 400 mcg/dia para as mulheres que pretendem engravidar, de 600 mcg/dia para gestantes e de 500 mcg/dia para lactantes, além do ácido fólico consumido naturalmente na dieta. 

As principais fontes alimentares de ácido fólico são espinafre, feijão branco, aspargos, couve de bruxelas, soja e derivados, laranja, melão, maçã, brócolis, gema de ovo, fígado, peixes, gérmen de trigo, salsinha, beterraba crua e amendoim. Deve-se, no entanto, evitar o cozimento prolongado dos alimentos, que pode destruir até 90% do ácido fólico.

Portanto, cuide-se!!


Bom meninas, tentei o máximo trazer informações pra vocês grávidas lindas e mamães também, acho que isso serve no geral, afinal estamos falando da saúde dos nosso filhos, então na próxima semana trarei informações sobre o segundo trimestre. Vou deixar ora vocês um vídeo super lindo aqui embaixo, espero que tenham gostado, um beijo no coração de vocês :*


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